por J. A. Spínola
A infiltração da decadência trotskista na cultura ocidental tem obtido tanto sucesso que, actualmente, é quase impossível encontrar um jovem que se considere comunista ou de esquerda nas faculdades e estabelecimentos de ensino secundário portugueses. Refiro-me aos jovens em geral, não aos das associações de estudantes, pois esses, como sabemos ou deveríamos saber, são em esmagadora maioria do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português.
“Então Zé”, dizem vocês, “esta malta tem toda aspecto efeminado, fuma ganzas, é anti-fascista e anti-racista, e ‘tás p’raí a dizer que não são de esquerda?”. Exactamente, a infiltração da decadência trotskista na cultura ocidental foi tão profunda que os jovens modernos, liberais, a favor do aborto só porque apetece, consumidores de drogas, defensores dos direitos das minorias sobre os direitos das maiorias e coniventes com a aceitação da homossexualidade como algo normal não são de esquerda… são “normais”!
Isso mesmo, “normais”, na maior parte dos casos são também “apolíticos”, uma etiqueta utilizada pela maioria dos jovens actualmente… o que me recordou alguns jovens “apolíticos” que, não muito longe da sede do PS, andaram a arrancar cartazes do PNR acabados de colar… Creio que este exemplo demonstra que tipo de “apolítica” é a deles…
E falo com conhecimento, como dirigente associativo que fui durante vários anos, convivi de perto com esta realidade e quando os “acusava” de serem comunistas lá vinha a resposta torta: “Não sou, nem gosto de política nem de políticos…” ou “Sou normal, tu é que pareces vindo da Idade da Pedra!” ou então “És é um fascista!”.
Graças à comunicação social e, em grande parte, à televisão e às suas programações de doutrinação politicamente correcta camuflada e subtil que causaria inveja a qualquer responsável soviético, as novas gerações crescem com uma noção de normalidade que é completamente anormal…
Recordo-me que há quatro anos, talvez menos, a RTP 1, canal público pago com o dinheiro dos contribuintes, ou seja, todos nós, na sua programação infantil aos Sábados e Domingos de manhã exibia um desenho animado japonês, Sakura, que relatava as aventuras de uma jovem liceal com poderes fora do comum que mantinha relações sexualmente desviantes com a melhor amiga… Aliás, boa parte das personagens eram bissexuais… E muitos pais, que aproveitam o fim de semana para dormir até mais tarde, nem devem ter notado que tipo de valores, ou anti-valores, estavam a ser incutidos nos seus petizes abandonados em frente do ecrã. O resultado está à vista.
Não esqueçamos também a chacina que Hollywood exerceu sobre os bons costumes. Desde os anos 80 que a maior parte dos filmes realça o mito do “anti-herói”, em que o personagem principal é, regra geral, um rebelde incompreendido, com problemas conjugais, problemas com a polícia, fumador e bebedor quanto baste, frequentador de casas de strip, com amizades no sub-mundo da droga e da prostituição. As personagens “certinhas”, principalmente nos filmes sobre liceus, colégios e institutos de ensino superior, são retratadas como os maus da fita, são ridicularizados os “betos” que não bebem nem fumam e que gostam de estudar e é valorizado o aluno rebelde que só gosta de festas, provocar os professores e copiar nos testes. O tratamento das personagens femininas mais pudicas também é de fugir. A virgindade e o recato são condenados e em cada conservadora há uma libertação sexual redentora, normalmente às mãos do anti-herói, as meninas putéfias que dormem com toda a turma e alguns professores são as mais evoluídas.
Mas o assalto principal nem é nos cinemas, é nas séries televisivas importadas dos EUA, esse “grande Satã”. Em todos os canais pululam séries televisivas que promovem o comportamento e uma visão decadente e adulterada do mundo real. Sobre “O Sexo e a Cidade” vou citar uma conservadora dos EUA, cujo nome nem recordo mas que podem encontrar numa qualquer página de conservadores da estirpe de Pat Buchanan: “Um programa em que um grupo de mulheres agem como homens gay!”.
E mais exemplos haverão, “Will & Grace”, “Diferentes Como Nós”, “A Juíza”, “Greg & Dharma”, “Seinfield” enfim, em quase todas as séries os promíscuos, os consumidores de drogas, os homossexuais e as galdérias sobem ao estatuto de heróis.
Tudo isto, bem como o financiamento e promoção por parte do sistema de festas multiculturais, festivais de cinema gay e derivados (e recordemos que a droga foi despenalizada), contribuiu para este estado de coisas, em que a anormalidade é normal e em que os jovens normais se sentem a mais, isolados e cercados, e acabam por sucumbir aos gostos maioritários.
A arte moderna é uma merda, o cinema actual uma merda é – conseguem lembrar-se de algum filme português actual sem uma cena de nudismo/sexo?! – a literatura uma desgraça, o sistema académico sofre de uma auto-censura, em que alunos e professores dissidentes da anormalidade oficial têm receio de ser denunciados pelos seus “apolíticos” alunos e professores doutrinados pelo BE e PCP, enfim… vivemos numa sociedade anormal em que tudo é perdoado… excepto o ser normal!
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