Tuesday, July 05, 2005

A Europa, o Mundo e o fantasma fascista

O artigo que se segue trata-se apenas de um tópico de reflexão sem quaisquer pretensões ideológico politicas…
Propunha talvez em seu lugar algumas propostas pedagógicas para uma reforma educativa decente…

O continente europeu depara-se nos dias que correm com sérios problemas tanto a nível económico como a nível identitário. Em Portugal, o recente “arrastão” na praia de Carcavelos trouxe à luz do dia um fenómeno que em Portugal se pensava esquecido: o nacionalismo. A manifestação de caris nacionalista que aconteceu na baixa lisboeta, promovida por elementos de organizações de estrema direita foi alvo de grandes criticas dos média e mesmo alvo de criticas parlamentares.

A minha proposta é um olhar crítico sobre o problema e sobre o estigma que existe em Portugal acerca da orientação politica de direita procurando então os seus prováveis motivos.

A direita está em Portugal automaticamente associada a fascismo e a nacionalismo extremo. A direita é, no imaginário dos portugueses a mais clara representação do mal e o seu antípoda o 25 de Abril pautado não só por ideais comunistas como liberais provenientes da revolução francesa. Em meu entender, não só em Portugal, mas em toda a Europa, esta orientação politica é estigmatizada e temida devido aos tristes eventos do holocausto (em grego uma oferenda sacrificial completamente (holos) queimada (kaustos)) da segunda guerra mundial.
Hitler, é então o expoente máximo do fascismo e do nazismo e das trevas do nosso imaginário, responsável pela morte de 6 Milhões de judeus e não só, contam-se entre eles; comunistas, homosexuais, ciganos, deficientes motores, atrasados mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros grupos eslavos, activistas políticos, testemunhas de geová, alguns sacerdotes católicos e protestantes, sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos …

O holocausto é nestes termos o extermínio mais fresco na memoria dos europeus e a sua consequente mais fresca vergonha.

Devido a esta proximidade espacio-temporal, em Portugal e nos restantes países, o fascismo é retratado como a corrente politica mais nefasta do mundo.
Nas nossas escolas aprende-se o fascismo alemão como um dizimador injustificado, e o fascismo português como autoritário, empobrecedor, violento e castrador do livre pensamento e expressão. Nas escolas portuguesas estuda-se Portugal, Europa , africa e América da pos-industrialização. Na nossa escola não se estuda a china, o Japão, a índia, a américa latina e pouco se toca no assunto soviético. A nossa escola parece estar mobilizada para uma hegemonia do ocidente como se o globo deixasse de o ser e se tornasse numa meia laranja.

Penso que, para sermos críticos devemos de possuir conhecimento dos factos reais, caso contrario entraremos plenamente convictos de “verdades” inventadas ou eternamente em debates inconclusivos assentes no preconceito e na opinião redutora. Esta educação tendenciosa molda as opiniões que muitas vezes julgamos criticas, quando na maioria das vezes estas não passam do produto de uma cuidadosa selecção do ensino face a uma mais fácil manipulação populacional.

O comunismo é um tema que deveria de ser estudado mais a fundo e menos branqueado. o comunismo nunca deveria de ser tratado como um antípoda do fascismo.
"Le livre noir du communisme" (1997), escrito por seis historiadores europeus, com acesso a arquivos soviéticos recém-abertos, é uma espécie de enciclopédia da violência do comunismo. O chamado "socialismo real" foi uma tragédia de dimensões planetárias, superior em abrangência e intensidade ao nazismo e ao fascismo.
Ao contrário das ditaduras latino-americanas, a violência comunista se tornou um instrumento político-ideológico fazendo parte da rotina de governo. Essa sistematização do terror não é rara na história humana, tendo dado claros exemplos como o fascismo ou a inquisição. De acordo com "Le livre noir du communisme" o comunismo superou todos esses casos e foi sem dúvida a experiência mais sangrenta de toda a história da humanidade.
Produzindo quase 100 milhões de vítimas, em vários continentes. esta generalidade deslocalizada mostra que a violência comunista não foi uma mera aberração da psique eslava, mas, sim, algo diabolicamente inerente à engenharia social marxista, que, querendo reformar o homem pela força, transforma os dissidentes primeiro em inimigos e, depois, em vítimas.
Os números do comunismo:
China (65 milhões de mortos)
União Soviética (20 milhões)
Coreia do Norte (2 milhões)
Camboja (2 milhões)
África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique)
Afeganistão (1,5 milhão);
Vietname (1 milhão)
Leste Europeu (1 milhão)
América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru)
Do comunismo nasceram os maiores genocidas humanidade: Lenine, Estaline e Mao Tse-tung.
Estranhamente, artistas e intelectuais denunciam e abominam o fascismo esquecendo-se que em a La Cabaña, prisão cubana onde seguramente mais de 500 seguidores da ditadura de Batista haviam sido fuzilados e onde ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos. Curiosamente centenas de intelectuais visitam Cuba e chegam a tecer homenagens a Fidel e a seu algoz-adjunto, Che Guevara o nº 2 da hipocrisia comunista um dos maiores assassinos de Cuba, dirigente da prisão de La Cabaña, que foi mandado suicidar-se para a Bolívia, para não ofuscar o Grande Líder...
Os dias de hoje.
Hoje em dia temos uma "angelização" de Fidel e uma a "satanização" de Pinochet decorrente desta mesma lógica opositiva que marca o comunismo como a ideal e o fascismo como as trevas. Pinochet foi ditador por 17 anos, Fidel está no poder há 39.
Pinochet promoveu a abertura económica e a dedemocratização do país, retirando-se após derrota eleitoral, deixando no mínimo a economia chilena numa trajectória de crescimento sustentado de 6,5% ao ano
Fidel Castro considera uma obscenidade a alternância no poder, preferindo submeter a nação cubana à miséria e à fome, para se manter ditador.
Pinochet. produzio 3.000 vitimas entre mortos e desaparecidos.
Fidel fuzilou 17 mil.
Em resumo, assistimos hoje ao cúmulo das alucinações ideológicas, promovidas com o apoio da educação institucional. No plano do politicamente correcto de base europeu assentam pressupostos socialistas e comunistas onde se branqueiam os crimes de uns e denigrem os dos outros. Este “politicamente correcto” estabelecido com base em pressupostos economicistas, socialistas (não nacionais) e globalizantes arrastará a comunidade europeia para uma alienação identitária que culminará uma vez mais em excessos marcados com sangue…

Baseado em: http://pensadoresbrasileiros.home.comcast.net/RobertoCampos/o_livro_negro_do_comunismo.htm
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guevara6.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Holocausto

1 comment:

xatoo said...

enquanto houver "comunistas" para zurzir, os zombies alienados não irão aos fagotes dos governantes sejam eles de esquerda ou de direita.
Tás a ver a "utilidade" da deseducação?