Um deficiente, pelo facto de ter tido uma
incapacidade física,não deixa de ser uma pessoa com
personalidade própria que também necessita e gosta
de ter a sua relação sexual». É com base neste princípio
que Eduardo Saraiva está a desenvolver a ideia de facultar
serviços sexuais a pessoas com deficiência. Ressalvando
que o projecto “Luxúria para Pessoas Diferentes”
ainda «é um embrião »,este cidadão com paralisia
cerebral explicou ao Destak que serão precisos
50 associados para assegurar a sua viabilidade económica:
«O associado paga 40 euros por mês e mais 10 euros
por consulta, para que cada uma das duas colaboradoras
possa receber mil euros mensalmente».Mostrando-
se consciente de que «este projecto é muito arrojado
para a mentalidade portuguesa », Eduardo Saraiva
afirmou já existir «muita gente interessada». Admitindo
que a nível particular já ajuda a «prestar cuidados
de saúde», este administrativo ainda não ponderou
como ultrapassar as questões legais em que o seu projecto
esbarra: a prostituição em Portugal não é permitida
por lei.Contactado pelo Destak, o responsável pelo pelouro
da vida autónoma da Associação Portuguesa de Deficientes
referiu que «não há enquadramento favorável à criação
desses serviços em termos de legalidade». Alertando que
seria necessário «conhecer em pormenor o projecto para ter
uma posição mais avaliada»,Pedro Oliveira afirmou
que «não nos choca esta questão da sexualidade».
«Estamos conscientes de que, quando promovemos
a capacidade de independência, essa filosofia é
transversal a todas as áreas da vida da pessoa», acrescentou.
Já para o Secretariado Nacional para a Reabilitação
e Integração das Pessoas com Deficiência, «é
evidente que as pessoas com necessidades especiais precisam
também de cuidados especiais para que todos os
serviços estejam acessíveis.» Fonte oficial daquele organismo
afirmou ao Destak que esse «é um princípio básico
para a integração das pessoas com deficiência»,
pelo que «numa perspectiva teórica reconhece-se essa
necessidade».Pedro Oliveira conclui: «Acreditamos
que com a capacidade empreendedora das pessoas,
elas próprias,com determinadas condições,irão poder
realizar-se em todas as dimensões.
DINAMARQUÊS COMO EXEMPLO
Torben Hansen, um dinamarquês com paralisia cerebral,
colocou uma acção em tribunal para que o governo
do seu país ajude a pagar os serviços das prostitutas
que se deslocam à sua residência.«Quero que eles
cubram as despesas extra, porque é mais caro as prostitutas
virem a minha casa do que eu ir a um bordel, o
que me é impossível», afirmou Hansen à BBC.
--- in Destak 10-10-2005
De facto acho que deveriam inclusivamente serem dados subsídios
aos deficientes que se querem drogar, pois a sua deslocação ao
Casal Ventoso é penosa, tanto para lá entrar como para de lá sair,
dado que os deficientes são mais propensos a ficarem "agarrados",
dado que o Casal Ventoso tem poucos acessos para deficientes (normalmente
ficam com a cadeira de rodas encravada nalguma "pedra" que se encontra no
caminho).
Outra injustiça é no pedido de cunhas e outros favores nos serviços
públicos, muitas vezes para passar à frente dos outros, os chefes de
secção costumam cobrar quantias demasiado avultadas quando se tratam
de deficientes a requere-las, pois sabem que estes não têm outra alternativa
- ora os deficientes deviam ter direito a um subsídio para as cunhas.
Tenho dito!
Monday, October 10, 2005
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