O parlamento europeu e as empresas
§ Precisam de tornar o núcleo económico europeu mais competitivo a nível de custos de produção
§ Para isso recorre a mão-de-obra estrangeira mais barata que torna os seus preços competitivos com os novos produtores mundiais emergentes.
§ As empresas precisam de ter garantias de escoamento dos produtos nos países desenvolvidos onde há poder de compra.
§ Com a entrada de indivíduos de países de fora da Europa os cidadãos europeus perdem os seus empregos e começam a ficar descapitalizados
§ Para garantir o funcionamento e a capitalização destas empresas e impedir que deslocalizem (o que implicaria quebra de receitas cobradas pelos impostos pelos estados onde se encontram localizadas) o estado dá rendimentos mínimos aos cidadãos dos países desenvolvidos independentemente serem ou não produtores formando assim um grande numero de potenciais consumidores e um grande numero de não produtivos e contributivos para o regime institucionalizado da segurança social.
§ Estes rendimentos mínimos e a sustentação da segurança social e do SNS são conseguidos através de um aumento dos impostos à classe media que ainda possui um emprego mais ou menos estável fazendo diminuir o seu acumular de capital não investido no consumo pela transferência que faz desse mesmo capital para o seu gasto por indivíduos e famílias completamente descapitalizados ou desempregados que o usam em bens de primeira necessidade.
§ Desta forma o dinheiro deixa de estar acumulado pela classe media que suplanta facilmente as suas necessidades primárias com 30, 40 ou 50% do seu ordenado e passa a ser gasto por indivíduos descapitalizados onde todo este subsídio será a 100% gasto em bens de primeira necessidade. Impedindo assim a capacidade de investimento da classe media e favorecendo grandemente os monopólios instalados.
§ Os monopólios por consequência favorecidos por estas medidas acabam em ultima instancia por levar à alienação dos consumidores através da fetishização da mercadoria onde o consumidor perde por completo a noção do valor das coisas que consome vendo-se a pagar preços muito superiores ao seu valor real. É o cumulo da especulação!
§ A existência de monopólios acaba assim eliminando por completo o factor liberalização / competição
§ Desta forma o capital de um indivíduo da classe media passa a ser gasto como se esse individuo tivesse duas bocas para alimentar com bens essenciais a sua e a do indivíduo com o subsídio.
§ Parte dos rendimentos auferidos na Europa por alguns cidadãos estrangeiros transformam-se em remessas que retornam aos seus países de origem não sendo gastos imediatamente no consumo em produtos de empresas europeias.
O cidadão europeu
§ Está viciado no consumo excessivo
§ Precisa de ordenados altos para sustentar o seu hábito de consumo
§ Possui direitos adquiridos de ordenado e trabalho
§ Os imigrantes ameaçam os seus direitos adquiridos pelo facto de aceitarem condições mais precárias de trabalho.
§ A classe media inicia o seu processo de descapitalização através dos grandes aumentos de preços e impostos.
§ Manifestações civis expressam esse descontentamento
§ As taxas de desemprego aumentam e com elas o descontentamento e a confiança económica que fazem automaticamente diminuir o consumo de bens de segunda necessidade.
§ Cada trabalhador tem agora indirectamente que produzir para si e para outros cidadãos improdutivos através do pagamento de altos impostos ficando o seu ordenado líquido significativamente diminuído.
§ O populismo e a luta pelo poder das classes politicas leva a propagandas de empregabilidade dos desempregados na função pública o que aumenta as despesas públicas e os impostos dos produtivos do sector privado e a sua consequente descapitalização.
Plano prospectivo:
§ Os cidadãos europeus começam a depositar a culpa do seu decréscimo de vida nos imigrantes que tornaram precárias as suas condições de trabalho.
§ Há a possibilidade de desenvolvimento de mecanismos racistas e xenófobos contra as pessoas de fora
§ Poderá haver uma tendência a uma viragem à direita da maioria dos países europeias
§ Haverá ainda a possibilidade de acordos que permitam uma maior autonomização do poder politico nos países europeus o que poderá originar regimes políticos autoritários. A dialéctica marxista foi acusada como falsa cedo demais.
§ Não creio que desemboquemos num regime comunista tal como o próprio o previa mas que o nosso regime capitalista colapse por fim sob uma grande terceira guerra aparecendo no limite um regime diferente daquele em que vivemos hoje.
Conclusão
O capitalismo é um regime económico que apenas pode viver de desigualdades. As desigualdades trazem grandes benefícios para as empresas…como para os cidadãos dos países desenvolvidos.
As empresas, núcleo fundamental do sistema capitalista parecem elas também estar a ser grandes vítimas desta nova onda globalizante.
Mais uma vez assistimos à armadilha da história clastriana ao vermos o capitalismo desembocar na globalização que tornará o mundo num espaço muito mais igualitário, e muito mais colapsante para o novo estado, para o novo modo de produção, para um novo estado de exploração do homem pelo homem!
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1 comment:
Com este dilema económico devemos estar optimistas e confiantes?
Que medidas devemos tomar, para que possamos ultrapassar isto...?
O Estado relata à sociedade que a economia cresceu, mas depois não explicam o porquê do encerramento de várias empresas...!Será por causa dos imposto que o estado lhes impõe...
Joaquim Cunha, relata num artigo este tema:
http://www.pmeportugal.com.pt/Geral/Colunistas-PME/Colunistas/Joaquim-Cunha.aspx?M=News&PID=151&NewsID=75
O que se pode considerar, bastante interessante!Vejam, vale a pena...
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