Após os recentes teatros na praça pública a envolverem o Ex-Ministro da Economia Manuel Pinho, eis que chega o momento esperado por uma entrevista com o Pouco Engraçado.
Pouco Engraçado: Antes demais, obrigado pela sua presença. Tinha indicado à imprensa nacional que não iria fazer mais qualquer comentário ou dar alguma entrevista sobre este assunto, porque escolheu o Pouco Engraçado para falar?
Exmo. Sr. Ex-Ministro da Economia Manuel Pinho: Bom noite, não tem nada de agradecer, é sempre bom ter um sítio onde posso desabafar sem preocupações. Sabe, o nível de credibilidade deste blog é tão reduzido que nunca ninguém iria acreditar que alguma vez daria esta entrevista, por isso estou à vontade para dizer o que quiser sem ter mais consequências políticas.
PE: O que tem a dizer sobre a sua presença no livro de gaffes políticas 2009? Gaffes políticas
ESE-MEMP: estou bastante orgulhoso de figurar ao lado dos políticos mais importantes da história do país. Estou também a candidatar-me ao livro de gaffes de celebridades tugas, onde poderei ter a oportunidade de me juntar a gaffes mais populares como o Quim Barreiros, Cristiano Ronaldo, Zéze Camarinha, Figo ou mesmo o Zé Cabra.
PE: Os leitores do PE querem saber o que realmente aconteceu. Foi alguma tentativa de lançar um movimento juvenil a proteger os toiros de morte? Ou a proteger a monogamia instituída na cultura portuguesa?
ESE-MEMP: Ah ah, muito pouco engraçado, cof, desculpe tem um copo de água?
PE: coca-cola serve?
ESE-MEMP: Ok. Obrigado. Pronto, o que aconteceu pode parecer uma coisa muito simples, mas na verdade foi muito complicado e derivado de um conjunto de factores. Primeiro foi o Sócras a dizer que como tinha perdido as eleições isso iria ter "consequências" políticas para o Governo, blá blá blá, e depois comecei a ouvir: "ah e tal era porreiro pah é que só houvesse um tipo que tratasse da tesouraria como a Ferreira Leite, para que é preciso Ministro da Economia e outro para as Finanças? Quem é que aprovou isto? o Guterres? Isto dá uma imagem de governo despesista do caraças...".
PE: portanto já tinha sido demitido e levantar os indicadores à cabeça foi apenas uma desculpa para a sua demissão.
ESE-MEMP: Bom, não foi bem isso, eu é que me quiz demitir mesmo. Repare, eu passei os últimos meses a analisar as economia do país, e tal como este governo, está a cair, e portanto quanto mais cedo sair melhor. Além do mais uma empresa importante do Norte convidou-me para a administração, e eu não queria perder mais um passo importante na minha carreira.
PE: foi alguma empresa relacionada com as Minas? Compensações pelo seu negócio?
ESE-MEMP: não, desses apenas recebi uma volumosa quantia para garantir que não se fazia negócio nenhum. Não, dentro de pouco tempo vocês vão saber qual é a empresa a que me refiro, mas como compreende, neste momento essa informação vale muito dinheiro, e como sabe até mesmo o Pouco Engraçado poderia tirar partido dela.
PE: vá lá não sejamos paranóicos, senão ainda cresce mesmo uns cornichos na testa como diz a minha mãe...
ESE-MEMP: eheh, muito pouco engraçada essa piada... por acaso fiz o sinal várias vezes, a ver se a camera da SIC me apanhava (foi a um do PCP e a outro do PSD, enfim até cheguei a fazer o gesto em desespero quando o próprio Socas estava a falar...), mas finalmente consegui.. É sempre complicado fazer estes teatros, já tinha falado com a minha mulher acerca disto, e ela sugeriu antes que usasse antes o dedo do meio (mas isso já o Cristiano Ronaldo tinha feito na semana passada) e com o blazé das notícias hoje em dia, o gesto até podia passar por despercebido. Achei que este gesto iria fazer recordar alguns sentimentos mais agrícolas, e logo iria voltar a aparecer nas notícias.
PE: É parece que resultou bem, até falam do seu excelente trabalho na pasta da economia, são poucos os ministros que têm direito a um mini-louvor depois do trabalho. Neste caso num louvor de chifres.
ESE-MEMP: eheh, novamente extremamente pouco engraçado, eu diria mais: uma piada extremamente forçada.
<#$%& levem-no para a lobotomia para lavagem no sector temporal A4 >
<#$%&&$ afirmativo! >
PE: e foi a entrevista possível com Manuel Pinho: um homem, uma ambição, a demonstrar desta vez que bastam dois indicadores e estamos livres da Tourada Pública.
Friday, July 03, 2009
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