Tuesday, July 31, 2007

penXamento Xenófóbico

O que eu vou fazer quando chegar à idade da reforma (1)?
Essa é fácil, arranjo uma roulote e vou por aí pela europa.
Quando me farta, pego nuns putos que andam perdidos no lixo, tiro a carta de cigano, e com um pouco de sorte oferecem-me uma casa com piscina e jacuzzi em Bragança. Em forma de agradecimento, chamo-lhes a todos de racistas e xenófobos por me discriminarem assim de forma tão mas tão positiva...
Eles aplaudem, nós aplaudimos, e todos ficamos contentes.

Para finalizar, entrego os putos no orfanato q eu n tenho paciencia para criancices, senão estava na política.

1) não vou ter reforma pk segurança social ira entrar em colapso.

6 comments:

sapiens said...

Ahahah eu j� tenho carta de cigano, acabei de perder a minha!
n�o por acaso ainda n�o.
Eu se fosse a ti montava mas �ra uma empresa de restauros em bragan�a, acho melhor aproveitares a�nda ,e , enquanto ainda � legal, a bela da empresa na hora, que n�o lhes dou mais de um m�s para come�ar o vandalismo. Depois fazias a tua proposta � camara pra proceder a repara�es nas habita�es oferecidas.

Realmente estas �pol�ticas servem mesmo o umbigo do Ingl�s, sim , aquele do prov�rbio "para Ingl�s ver"...esta treta de pol�ticas s� tem um unico objectivo, fachada, teatralidade ,fingir que n�o h� pobreza porque simplesmente n�o h� barracal .... como se a mis�ria tivese de depender da madeira e do lat�o para se reproduzir. A mis�ria auto-reproduz-se, � um sucedaneo da cultura, ou da falta dela. No final de contas este teatrozinho at� est� bem montado,

1)oferece-se casa paga com os impostos dos trabalhadores a pessosa que n�o trabalham e quando o fazem n�o descontam impostos contributivos para o bolo social.

2) o vandalismo intrinseco aos inquilinos que usufruem do explendor da gratuitidade trata de degradar o patrim�nio a uma velocidade fulminante.

3) adopta-se a pol�tica do quando estragar faz-se mais... n�o se v� entrar de novo no panorama da aparencia flagrante da pobreza que se quer erradicar de uma vez por todas pelo menos da fachada do pa�s.

b�sicamente.. paga o mesmo, o pob�o trabalhador!

Depois temos ainda aquela magnifica pol�tica do pague 5 venda a 50 e come�e a receber ao fim de 5 anos.

Se a estupidez de oferecer casas , especiamlente a ciganos (se xenofoboia for reconhecer as evidentes diferen�as entre a nossa cultura e a cultura cigana e os diferentes modos de vida que da� derivam ent�o sim, sou uma pessoa muito Xen�foba)n�o tem limites pior � permitir que quem compra essas casas a pre�os controlados as possa vender a pre�os de mercado passados 5 anos.

mas enfim... os sinhores da pulhitica enchem os bolsos e cagam de alto no bom senso, na l�gica e at� na moral...

cacao said...

ui ui, Sapiens, para Antropólogo... Só uma observação (de antropóloga)
"1)oferece-se casa paga com os impostos dos trabalhadores a pessosa que n�o trabalham e quando o fazem n�o descontam impostos contributivos para o bolo social."

Tendo em conta que este é o comportamente da gigantesca maioria dos portugueses (o roubar ao mais forte [estado i.e. todos nós] e gabarmo-nos disso no café, como sinal de esperteza (Miuel Almeida Padrão, creio que na sua tese de Mestrado sobre Moçambique, apelida este comportamento de Cabritismo, mas assenta em Portugal como uma luva, não?)

Ai que em Portugal anda tudo míope!!!

Cumprimentos antropológicos!!!

cacao said...

Ps: e este tipo de comportamento "cabritismo" (Miguel de Almeida Padrão, talvez 1996/97 ou 98)é acima de tudo uma caracteristica cultural cá do reino, não?

sapiens said...

Sim Cacao
, de facto roubar o estado e ir gabar-se disso no café é uma prática bastante portuguesinha (infelizmente).

De qualquer das formas esse mesmo estado também parece ter ideias de "gerico" para acabar com os problemas... começando na necessidade de fomentar a natalidade oferecendo dinheiro vivo (para elém disso em montantes irrisórios) em vez de apostar em infra estruturas de suporte á natalidade e á infancia, até á ideia de querer acabar com a pobreza instalada oferecendo habitações em vez de valorizar as pessoas através do seu poder de trabalho e oferecendo-lhes em troca dele não só uma remuneração á altura como alguma dignidade social ... Este "estado"de espirito que assenta na borla e não no esforço irá perpectuar a miséria de que se fala... mas ao fim ao cabo são tudo análises e opiniões.

:P

cacao said...

Sim, infelizmente é assim, temos um estado (independentemente da sua cor politica) pesado e demagogo como um pai tirano.
Temos uma população que imita os comportamentos do estado (roubo discarado)na perfeição.
Temos um primeiro ministro incoerente, que nos fala de um rigor que demonstra não o possuir.
A saude publica parece cada vez mais uma miragem, a educação para o povo cada vez o é menos.

E os jovens estão de pernas e braços atados (falo por mim) incapazes de fazer mais do que sobreviver nesta oligarquia baseada de laços de parentesco e patrocinato,

contudo:

- não apontemos o dedos aos suspeitos do costume. Tendo em conta que a maioria étnica neste país é a que tem mais comportamentos anti-comunidade, anti- estado (si propria) larguemos as minorias étnicas que limitam-se a respeitar as nossas caracteristicas culturais na perfeição!

Em vez de apontarmos os dedos ao imigrantes, aos ciganos, aos bairros sociais... Era simpático olharmo-nos (sociedade e individuo) ao espelho e apontarmos os dedos aos maiores culpados, para variar!!

sapiens said...

Sem duvida Cacao, no entanto reflectirmos sobre o nosso "umbigo" e o nosso comportamento nem sempre "civico", não implica que não possamos observar, aprovar ou condenar o comportamento desse outro seja ele o "político" do costume ou o "cigano" (neste caso) do costume.

Obviamente e contra os ideais da contemporaneidade temos este estranho "defeito" evolutivo de pensar por estériótipo. Quem diz que não o faz mente com todos os dentes que tem na boca. Mas, e se obviamente isso não justifica tratamentos diferenciados dos individuos com base nesses mesmos estéritipos, curioso é como muitas vezes a razão diz uma coisa e o inconsciente diz outra. de qualquer das formas saberás muito melhor destas coisas do que eu ;)
(e faço aqui outro parenteses para este post que fala precisamente sobre isso: http://antropo-reflexoes.blogspot.com/2007/08/testes-de-associao-implicita-vulgo.html)


Mas adiante... e pegando mais uma vez no "político" e no "cigano", (que provavelmente e emocionalmente não representarão realiades muito distintas no imaginario social ao nivel emocional, embora o grau de maleita inflingida socialmente de uns e de outros seja incomparável), acredito que não devemos de tornar tabu alguns assuntos menos políticamente correctos, devemos sim ter liberdade para falar abertamente e discuti-los quando é necessário, independentemente do seu teor ser "feio" ou "bonito" segundo os padrões de aceitabilidade social.

Criticar o governo é uma autentica virtude socialmente reconhecida áqueles que desenvolveram mecanismos reflexivos par tal, mas, apontar um dedo a um eventual impostor caso ele possua uma identidade étnica distinta da da maioria torna-se quase um crime publico.

A igualdade deve de ser para os dois lados. e eu digo não ás duas discriminações: Positiva e Negativa (passo a redundancia). Segundo penso uma alimenta a outra, como uma pescadinha de rabo na boca e se não as atacarmos de frente colocando as situações e os problemas na mesa e vez de as colocarmos debaixo do tapete como se não existissem estas perpectuar-se-ão.

E, finalmente, não sei o que pensa a opinião publica, mas recordo-me de que quando ouvi esta reportagem na televisão, fez-se menção ao facto de as habitações a serem distribuidas pelas famílias terem sido todas atribuidas a famílias ciganas. Perguntou-se a uma responsavel porque é que isso acontecia, ao que ela respondeu que todas as famílias pobres do concelho eram Ciganas. Não sei se será uma casualidade probabilistica ao nivel da chave premiada do totoloto, mas ocorre-me dizer que existe aqui algo sobre o qual urge reflectir ... ou será que não?