As reformas dos trabalhadores do sistema privado consomem para 2.600 milhões de cidadãos 7,4% do pib português. As reformas de 498mil trabalhadores da função publica constituem 4% do pib.
Estes números demonstram que os funçionários publicos auferem em media de reforma quase tres vezes superior á dos trabalhadores do sistema privado.
Numeros são factos . Tirem as vossas conclusões.
Tuesday, June 28, 2005
Sunday, June 19, 2005
Debate parlamentar sobre o arrastão de carcavelos.
NUNO MELO DO CDS/PP
O primeiro arrastão foi registado em Copa cabana, o primeiro comentário publico foi equivalente ao de hoje do nosso secretário de estado do turismo ; que foi um acto isolado. só qeu decorridos estes anos o fenómeno no brasil é incontrolável.
ANTÓNIO FILIPE DEPUTADO DO PCP
a forma como o senhor deputado nuno Melo colocou esta questão é alarmista e so contribui para criar um clima de medo susceptivel de fazer levantar todos os demónios de xenofobia e de racismo.
NUNO MELO DO CDS/PP
se a delinquencia é praticada por alguém de uma determinada etnia estamos proibidos de falar nela porque se falármos isso nos transforma em racistas?! so podemos falar da delinquencia desde que praticada por brancos?!
ANA DRAGO DO BLOCO DE ESQUERDA
Só faltou o senhor deputado fazer um apelo ou apoiar explicitamente a manifestação de estrema direita que vai existir em portugal a proposito do arrastão. envergonha esta camara, envergonha o estado de direito!
NUNO MELO DO CDS/PP
A senhora deputada nestes debates, quando isto está em causa quer-se colocar do lado dos bandidos, dos criminosos, dos delinquentes! nós estamos do lado dos cidadãos e das forças de segurança que conseguiram por fim aos desacatos.
O primeiro arrastão foi registado em Copa cabana, o primeiro comentário publico foi equivalente ao de hoje do nosso secretário de estado do turismo ; que foi um acto isolado. só qeu decorridos estes anos o fenómeno no brasil é incontrolável.
ANTÓNIO FILIPE DEPUTADO DO PCP
a forma como o senhor deputado nuno Melo colocou esta questão é alarmista e so contribui para criar um clima de medo susceptivel de fazer levantar todos os demónios de xenofobia e de racismo.
NUNO MELO DO CDS/PP
se a delinquencia é praticada por alguém de uma determinada etnia estamos proibidos de falar nela porque se falármos isso nos transforma em racistas?! so podemos falar da delinquencia desde que praticada por brancos?!
ANA DRAGO DO BLOCO DE ESQUERDA
Só faltou o senhor deputado fazer um apelo ou apoiar explicitamente a manifestação de estrema direita que vai existir em portugal a proposito do arrastão. envergonha esta camara, envergonha o estado de direito!
NUNO MELO DO CDS/PP
A senhora deputada nestes debates, quando isto está em causa quer-se colocar do lado dos bandidos, dos criminosos, dos delinquentes! nós estamos do lado dos cidadãos e das forças de segurança que conseguiram por fim aos desacatos.
Tuesday, June 14, 2005
estudo sobre a imigração
resultados de um estudo encomendado pelo ACIME, à Universidade Católica Portuguesa. baseado numa sondagem realizada à população portuguesa em Novembro de 2002, abrangendo 1.419 pessoas.
concorda com a vinda de mais imigrantes para o nosso país?
-----------------Não ---------Sim
Africanos -------74.4% -------25.6%
Brasileiros ------71.7% -------28.3%
De Leste --------73.4% -------26.6%
Os imigrantes têm habilitações a mais para os trabalhos que fazem?
-----------------Não ---------Sim
De Leste --------32.6% ------67.4%
Brasileiros ------83.7% -------16.3%
Africanos -------88% ---------12%
Todos os imigrantes ilegais devem, sem excepção, ser enviados para os seus países?
------------------Não ---------Sim -------Ns/Nr
------------------35.2%------- 45.6% ----19.2%
concorda com a vinda de mais imigrantes para o nosso país?
-----------------Não ---------Sim
Africanos -------74.4% -------25.6%
Brasileiros ------71.7% -------28.3%
De Leste --------73.4% -------26.6%
Os imigrantes têm habilitações a mais para os trabalhos que fazem?
-----------------Não ---------Sim
De Leste --------32.6% ------67.4%
Brasileiros ------83.7% -------16.3%
Africanos -------88% ---------12%
Todos os imigrantes ilegais devem, sem excepção, ser enviados para os seus países?
------------------Não ---------Sim -------Ns/Nr
------------------35.2%------- 45.6% ----19.2%
Friday, June 10, 2005
Viva o dia de Portugal.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) efectuou esta tarde diversas detenções, em número ainda não contabilizado, na praia de Carcavelos, depois dos assaltos e agressões ali registados e que foram realizados por vários grupos, num total de mais de 500 indivíduos. Pelo menos três pessoas ficaram feridas.
os assaltantes seriam mais de cinco centenas e que os grupos começaram a sua acção perto das 15h00, sendo que esta durou cerca de duas horas. Casos semelhantes já foram registados na praia de Carcavelos, no concelho de Cascais, em anos anteriores. Diversas pessoas foram detidas, apesar de, até agora, ainda não haver um número exacto relativo às detenções.
os assaltantes seriam mais de cinco centenas e que os grupos começaram a sua acção perto das 15h00, sendo que esta durou cerca de duas horas. Casos semelhantes já foram registados na praia de Carcavelos, no concelho de Cascais, em anos anteriores. Diversas pessoas foram detidas, apesar de, até agora, ainda não haver um número exacto relativo às detenções.
Wednesday, June 08, 2005
Quem deve teme...podia ao menos deslocalizar de fininho...
O presidente-executivo do BPI, Fernando Ulrich, considerou hoje que o fim do sigilo fiscal é «o maior ataque à economia de mercado em Portugal»,
ahahahahahahahaaaahahahahhahahahamuhahaha
ahahahahaaaaaaaaaaaaaaaaaaahahah
haha
hah
ha
..............
está demais...até me vêm as lagrimas aos olhos... e continua:.
«é o maior ataque à propriedade privada em Portugal desde o 11 de Março».....
ahahahaaaaaaahahahahaahaha...(a rir esperneando como se não houvesse amanhã)
hahahaaaaa
hihihi
..ah.....humm
enfim...este senhor mostra ter uma honestidade muito acima da media...
deve de ser daqueles que usa gravata!
ahahahahahahahaaaahahahahhahahahamuhahaha
ahahahahaaaaaaaaaaaaaaaaaaahahah
haha
hah
ha
..............
está demais...até me vêm as lagrimas aos olhos... e continua:.
«é o maior ataque à propriedade privada em Portugal desde o 11 de Março».....
ahahahaaaaaaahahahahaahaha...(a rir esperneando como se não houvesse amanhã)
hahahaaaaa
hihihi
..ah.....humm
enfim...este senhor mostra ter uma honestidade muito acima da media...
deve de ser daqueles que usa gravata!
viva a democracia!
Com as eleições legislativas de 20/Fevereiro, metade dos 230 deputados nãoforam eleitos.
Os que saíram regressaram às suas anteriores actividades.Sem, contudo saírem tristes ou cabisbaixos. Quando terminam as funções, os deputados e governantes têm o direito, por Lei (deles) a um subsídio quedizem de reintegração:
- um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou governo.
Desta forma um deputado que o tenha sido durante um ano recebe dois salários (6.898 euros). Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários (68.980 euros).
Feitas as contas e os deputados que saíram o Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros.No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma (mesmo que não tenham 60 anos).
Estas são atribuídas aos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.
Entre os ilustres reformados do Parlamento encontramos figuras como:
- Almeida Santos ……………………… 4.400, euros;
- Medeiros Ferreira ………………….... 2.800, euros;
- Manuela Aguiar …………………….. 2.800, euros;
- Pedro Roseta ……………..…………. 2.800, euros;
- Helena Roseta ……………………… 2.800, euros;
- Narana Coissoró …………………… 2.800, euros;
- Álvaro Barreto ……………………… 3.500, euros;
-Vieira de Castro ……………………… 2.800, euros;
- Leonor Beleza …………………… 2.200, euros;
- Isabel Castro ………………………… 2.200, euros;
- José Leitão ………………………… 2.400, euros;
- Artur Penedos ……………………… . 1.800, euros;
- Bagão Félix ………………………… 1.800, euros.
Quanto aos ilustres reintegrados, encontramos os seguintes:
- Luís Filipe Pereira ……………... 26.890, euros / 9 anos de serviço;
- Sónia Fortuzinhos ……………… 62.000, euros / 9 anos e meio de serviço;
- Maria Santos ………………… . 62.000, euros /9 anos de Serviço;
- Paulo Pedroso ………………… 48.000, euros /7 anos e meio de serviço;
- David Justino ………………… 38.000, euros /5 anos e meio de serviço;
- Ana Benavente ………………… 62.000, euros/9 anos de serviço;
- Mª Carmo Romão …………… 62.000, euros /9 anos de serviço;
- Luís Nobre Guedes ……………. 62.000, euros/ 9 anos e meio de serviço.
A maioria dos outros deputados que não regressaram estiveram lá somente a última legislatura, isto é, 3 anos, o suficiente para terem recebido cercade 20.000, euros cada.
Os que saíram regressaram às suas anteriores actividades.Sem, contudo saírem tristes ou cabisbaixos. Quando terminam as funções, os deputados e governantes têm o direito, por Lei (deles) a um subsídio quedizem de reintegração:
- um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou governo.
Desta forma um deputado que o tenha sido durante um ano recebe dois salários (6.898 euros). Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários (68.980 euros).
Feitas as contas e os deputados que saíram o Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros.No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma (mesmo que não tenham 60 anos).
Estas são atribuídas aos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.
Entre os ilustres reformados do Parlamento encontramos figuras como:
- Almeida Santos ……………………… 4.400, euros;
- Medeiros Ferreira ………………….... 2.800, euros;
- Manuela Aguiar …………………….. 2.800, euros;
- Pedro Roseta ……………..…………. 2.800, euros;
- Helena Roseta ……………………… 2.800, euros;
- Narana Coissoró …………………… 2.800, euros;
- Álvaro Barreto ……………………… 3.500, euros;
-Vieira de Castro ……………………… 2.800, euros;
- Leonor Beleza …………………… 2.200, euros;
- Isabel Castro ………………………… 2.200, euros;
- José Leitão ………………………… 2.400, euros;
- Artur Penedos ……………………… . 1.800, euros;
- Bagão Félix ………………………… 1.800, euros.
Quanto aos ilustres reintegrados, encontramos os seguintes:
- Luís Filipe Pereira ……………... 26.890, euros / 9 anos de serviço;
- Sónia Fortuzinhos ……………… 62.000, euros / 9 anos e meio de serviço;
- Maria Santos ………………… . 62.000, euros /9 anos de Serviço;
- Paulo Pedroso ………………… 48.000, euros /7 anos e meio de serviço;
- David Justino ………………… 38.000, euros /5 anos e meio de serviço;
- Ana Benavente ………………… 62.000, euros/9 anos de serviço;
- Mª Carmo Romão …………… 62.000, euros /9 anos de serviço;
- Luís Nobre Guedes ……………. 62.000, euros/ 9 anos e meio de serviço.
A maioria dos outros deputados que não regressaram estiveram lá somente a última legislatura, isto é, 3 anos, o suficiente para terem recebido cercade 20.000, euros cada.
Sunday, June 05, 2005
O MBA do anjo da guarda
Certo dia, um anjo da guarda, cansado da vida fastidiosa de arredar rapaziada dos vícios inconfessáveis (bebida, jogo, mulheres, etc.), resolveu fazer um Master in Business Angels (MBA).
Tinha a expectativa de que esta formação lhe permitisse acompanhar em novas actividades aqueles que já vigiava – acalentando a teoria de que os vícios inconfessáveis levam pessoas de confiança a abusarem da mesma, roubando (por exemplo, dentro das empresas).
Mas tinha também a expectativa, mais utilitarista , de que poderia aumentar os seus créditos e ter acesso a povoar objectos que sempre desejara: um carro de santo – um Volvo P1800 -, um relógio divino - um Patek Philippe Sky Moon - e uma caneta dos diabos – uma Michael Fultz Snake.
O MBA era composto por dois semestres: o primeiro tratava das actividades de guarda dos recursos das empresas – activos e pessoas; e o segundo debruçava-se sobre a custódia do ciclo de produção, desde as compras até às vendas. Quem quisesse aceder ao grau de mestre teria ainda que entregar, no ano seguinte, uma dissertação versando «o sexo dos anjos e o mundo dos negócios».
No primeiro semestre, o anjo inscreveu-se em quatro cadeiras:
«Roubo de activos»;
«Uso impróprio de activos»;
«Apropriação de salários»;
«Inflação de despesas de representação».
Na cadeira «Roubo de activos», começou por aprender como os equipamentos de escritório (ou outros, como as ferramentas das oficinas) – computadores, impressoras, cadeiras, secretárias, candeeiros, telefones, armários, tapetes persa, etc. – podiam ganhar asas e desaparecer sem deixar rasto (a este respeito estudou afincadamente as distracções ao nível da identificação destes activos, em etiquetas e constante de listagens exaustivas, e da sua contagem periódica). Do imobilizado passou, posteriormente, para as existências (da matéria prima ao produto acabado), abordando desde o simples roubo (que podia iniciar-se com o ritual prévio e mais inocente de esconder bens, antes de lhe dar o sumiço definitivo) às transferências para outros armazéns (nunca chegando a dar entrada, física, do outro lado), passando por falsas classificações de inventário – incluindo indicações de «para destruir» ou «fora de prazo» (que fundamentavam o seu desaparecimento posterior) – e pela inevitável aquisição de conhecimentos contabilísticos necessários à conformidade entre o mundo real e os livros (diga-se, a este respeito, que a conta de provisões para depreciação de existências era de grande utilidade quando se tratava de fazer os acertos entre débitos e créditos).
Em sede de «Uso impróprio de activos», o anjo aprendeu que os terrenos, os edifícios e os equipamentos de uma organização podem ser colocados ao serviço de interesses alheios, incluindo, pasme-se, da concorrência. Do pequeno pecado, como o utilizar certas viaturas durante o fim-de-semana, ao pecado capital, como o «alugar» secretamente (indo o dinheiro do aluguer directamente para os bolsos do abusador de confiança) instalações fabris à concorrência, viu toda a panóplia.
Nas aulas de «Apropriação de salários», o anjo descobriu que havia quem adicionasse empregados inexistentes à folha de salários (falsificando nomes e números de contribuinte e da Segurança Social), recebendo assim soldos alheios (através de transferências para conta bancária do abusador de confiança), ou que, com maior facilidade, aldrabasse as horas trabalhadas (sobretudo as extraordinárias) e as taxas horárias, bem como os prémios de vendas e de produtividade - algoritmos ou indicadores optimistas para calcular as comissões dos vendedores ou os prémios dos operários; horas normais classificadas como sendo extraordinárias (pagas em dobro); e dias de férias ou faltas não contabilizados, bem como horas de trabalho inflacionadas, com base em manipulações de relógios de ponto (dizia-se que circulavam dedos cortados embalsamados para contornar a tecnologia baseada em impressões digitais e que se ia iniciar o comércio de olhos, para os leitores de íris – mas devia ser exagero).
Finalmente, ainda no âmbito do primeiro semestre, o anjo abordou uma matéria que já conhecia das suas missões de vigilância de vícios – «Inflação com despesas de representação». Recordou então como se transformavam facturas pessoais (como jantares com amigos) em facturas profissionais; como se rasuravam recibos (transformando-os em quantias superiores); como se compravam dois bilhetes de avião ou de comboio, um caro e um barato, apresentando a factura do primeiro (que era o que se anulava para viajar com o segundo); e desenvolveu um trabalho de grupo sobre facturas falsas, em branco e duplicadas (ou em que se apresenta o original e o «químico»).
O segundo semestre veio a revelar-se o mais fascinante dos dois, em virtude das coisas ainda mais inimagináveis que foram aprendidas. O anjo inscreveu-se nas restantes quatro cadeiras: «Transferências para fornecedores»;
«Compras para uso próprio»;
«Vendas fantasma»;
«Desvios de tesouraria»
– e empreendeu uma viagem magnífica ao mundo do faz de conta...
Primeira paragem:
«Transferên-cias para fornecedores» - ou como os empregados transferem fundos para fornecedores seus cúmplices, via mecanismos de auto-aprovação das despesas (com preços de tabela ou com lucro anormal para partilhar); e como (agora com fornecedores legítimos) fazem pagamentos em duplicado para que a devolução de um deles vá parar aos seus bolsos e não aos da empresa.
Segunda paragem: «Compras para uso próprio» – ou como se compra com o dinheiro da empresa bens para uso próprio ou para revenda (através de manipulação ou falsificação de requisições) e como se obtém cash com a devolução de alguns itens assim adquiridos.
Penúltima paragem: «Vendas fantasma» – ou como se fica com o dinheiro das vendas que nem sequer se chegam a registar (quem é que dá pela falta de um ou dois whiskys numa garrafa?), bem como o «troco» das devoluções (totais ou de parte do preço) que afinal não existiriam.
Última paragem – a mãe de todas as tentações: «Os desvios de tesouraria» – ou como se rouba dinheiro da caixa e se fica com os cheques que é suposto depositar, mesmo que para isso se tenham que reportar roubos de terceiros.
O fim do MBA foi comemorado com um faustoso jantar. Mas a coisa correu mal... Os professores encomendaram um jantar para 500 pessoas, quando eram apenas 100. Uma parte das «sobras» foi directamente para o bolso dos fornecedores, a outra para os empregados destes - que se encarregaram de devolver uma parcela aos educadores - e a outra recheou as dispensas das mulheres dos pedagogos, em géneros. Para pagar o jantar, foram recolhidas as comparticipações dos alunos e posteriormente desviadas para os bolsos dos entendidos. O jantar acabou por se transformar num bordel, aberto a prostituição externa, comissionada pelos regentes. No fim, desapareceram todos os adereços. Naturalmente que os ensinadores pagaram tudo isto através de despesas de representação! Só passados uns dias os instrutores se arrependeram do que fizeram: quando verificaram que o reitor tinha desviado todo o dinheiro dos seus salários para pagamento dos prejuízos decorrentes da barafunda...
O anjo adorou fazer este MBA. Fora frutuoso e rápido. Muito mais rápido do que o outro MBA que um amigo seu do sector financeiro lhe recomendara - mas que se prolongava por cinco anos – o Master in Banking Angels. Naturalmente, este último, pela dimensão, não se conseguirá explicar aqui – mas que os butins são grandes, são!
in: http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=260422
Tinha a expectativa de que esta formação lhe permitisse acompanhar em novas actividades aqueles que já vigiava – acalentando a teoria de que os vícios inconfessáveis levam pessoas de confiança a abusarem da mesma, roubando (por exemplo, dentro das empresas).
Mas tinha também a expectativa, mais utilitarista , de que poderia aumentar os seus créditos e ter acesso a povoar objectos que sempre desejara: um carro de santo – um Volvo P1800 -, um relógio divino - um Patek Philippe Sky Moon - e uma caneta dos diabos – uma Michael Fultz Snake.
O MBA era composto por dois semestres: o primeiro tratava das actividades de guarda dos recursos das empresas – activos e pessoas; e o segundo debruçava-se sobre a custódia do ciclo de produção, desde as compras até às vendas. Quem quisesse aceder ao grau de mestre teria ainda que entregar, no ano seguinte, uma dissertação versando «o sexo dos anjos e o mundo dos negócios».
No primeiro semestre, o anjo inscreveu-se em quatro cadeiras:
«Roubo de activos»;
«Uso impróprio de activos»;
«Apropriação de salários»;
«Inflação de despesas de representação».
Na cadeira «Roubo de activos», começou por aprender como os equipamentos de escritório (ou outros, como as ferramentas das oficinas) – computadores, impressoras, cadeiras, secretárias, candeeiros, telefones, armários, tapetes persa, etc. – podiam ganhar asas e desaparecer sem deixar rasto (a este respeito estudou afincadamente as distracções ao nível da identificação destes activos, em etiquetas e constante de listagens exaustivas, e da sua contagem periódica). Do imobilizado passou, posteriormente, para as existências (da matéria prima ao produto acabado), abordando desde o simples roubo (que podia iniciar-se com o ritual prévio e mais inocente de esconder bens, antes de lhe dar o sumiço definitivo) às transferências para outros armazéns (nunca chegando a dar entrada, física, do outro lado), passando por falsas classificações de inventário – incluindo indicações de «para destruir» ou «fora de prazo» (que fundamentavam o seu desaparecimento posterior) – e pela inevitável aquisição de conhecimentos contabilísticos necessários à conformidade entre o mundo real e os livros (diga-se, a este respeito, que a conta de provisões para depreciação de existências era de grande utilidade quando se tratava de fazer os acertos entre débitos e créditos).
Em sede de «Uso impróprio de activos», o anjo aprendeu que os terrenos, os edifícios e os equipamentos de uma organização podem ser colocados ao serviço de interesses alheios, incluindo, pasme-se, da concorrência. Do pequeno pecado, como o utilizar certas viaturas durante o fim-de-semana, ao pecado capital, como o «alugar» secretamente (indo o dinheiro do aluguer directamente para os bolsos do abusador de confiança) instalações fabris à concorrência, viu toda a panóplia.
Nas aulas de «Apropriação de salários», o anjo descobriu que havia quem adicionasse empregados inexistentes à folha de salários (falsificando nomes e números de contribuinte e da Segurança Social), recebendo assim soldos alheios (através de transferências para conta bancária do abusador de confiança), ou que, com maior facilidade, aldrabasse as horas trabalhadas (sobretudo as extraordinárias) e as taxas horárias, bem como os prémios de vendas e de produtividade - algoritmos ou indicadores optimistas para calcular as comissões dos vendedores ou os prémios dos operários; horas normais classificadas como sendo extraordinárias (pagas em dobro); e dias de férias ou faltas não contabilizados, bem como horas de trabalho inflacionadas, com base em manipulações de relógios de ponto (dizia-se que circulavam dedos cortados embalsamados para contornar a tecnologia baseada em impressões digitais e que se ia iniciar o comércio de olhos, para os leitores de íris – mas devia ser exagero).
Finalmente, ainda no âmbito do primeiro semestre, o anjo abordou uma matéria que já conhecia das suas missões de vigilância de vícios – «Inflação com despesas de representação». Recordou então como se transformavam facturas pessoais (como jantares com amigos) em facturas profissionais; como se rasuravam recibos (transformando-os em quantias superiores); como se compravam dois bilhetes de avião ou de comboio, um caro e um barato, apresentando a factura do primeiro (que era o que se anulava para viajar com o segundo); e desenvolveu um trabalho de grupo sobre facturas falsas, em branco e duplicadas (ou em que se apresenta o original e o «químico»).
O segundo semestre veio a revelar-se o mais fascinante dos dois, em virtude das coisas ainda mais inimagináveis que foram aprendidas. O anjo inscreveu-se nas restantes quatro cadeiras: «Transferências para fornecedores»;
«Compras para uso próprio»;
«Vendas fantasma»;
«Desvios de tesouraria»
– e empreendeu uma viagem magnífica ao mundo do faz de conta...
Primeira paragem:
«Transferên-cias para fornecedores» - ou como os empregados transferem fundos para fornecedores seus cúmplices, via mecanismos de auto-aprovação das despesas (com preços de tabela ou com lucro anormal para partilhar); e como (agora com fornecedores legítimos) fazem pagamentos em duplicado para que a devolução de um deles vá parar aos seus bolsos e não aos da empresa.
Segunda paragem: «Compras para uso próprio» – ou como se compra com o dinheiro da empresa bens para uso próprio ou para revenda (através de manipulação ou falsificação de requisições) e como se obtém cash com a devolução de alguns itens assim adquiridos.
Penúltima paragem: «Vendas fantasma» – ou como se fica com o dinheiro das vendas que nem sequer se chegam a registar (quem é que dá pela falta de um ou dois whiskys numa garrafa?), bem como o «troco» das devoluções (totais ou de parte do preço) que afinal não existiriam.
Última paragem – a mãe de todas as tentações: «Os desvios de tesouraria» – ou como se rouba dinheiro da caixa e se fica com os cheques que é suposto depositar, mesmo que para isso se tenham que reportar roubos de terceiros.
O fim do MBA foi comemorado com um faustoso jantar. Mas a coisa correu mal... Os professores encomendaram um jantar para 500 pessoas, quando eram apenas 100. Uma parte das «sobras» foi directamente para o bolso dos fornecedores, a outra para os empregados destes - que se encarregaram de devolver uma parcela aos educadores - e a outra recheou as dispensas das mulheres dos pedagogos, em géneros. Para pagar o jantar, foram recolhidas as comparticipações dos alunos e posteriormente desviadas para os bolsos dos entendidos. O jantar acabou por se transformar num bordel, aberto a prostituição externa, comissionada pelos regentes. No fim, desapareceram todos os adereços. Naturalmente que os ensinadores pagaram tudo isto através de despesas de representação! Só passados uns dias os instrutores se arrependeram do que fizeram: quando verificaram que o reitor tinha desviado todo o dinheiro dos seus salários para pagamento dos prejuízos decorrentes da barafunda...
O anjo adorou fazer este MBA. Fora frutuoso e rápido. Muito mais rápido do que o outro MBA que um amigo seu do sector financeiro lhe recomendara - mas que se prolongava por cinco anos – o Master in Banking Angels. Naturalmente, este último, pela dimensão, não se conseguirá explicar aqui – mas que os butins são grandes, são!
in: http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=260422
Thursday, June 02, 2005
Chumbo repete-se na Holanda
Esta treta de Europa não passa de um plano dos grandes para viverem à grande escravizando os outros. se não vejamos:
para que abririam eles as fronteiras (ás escondidas claro)?
para que seriam os estados tão permissivos à entrada de estrangeiros?
para que se fariam tantas legalizações e nacionalizações gratuitamente?
para que se pediria aos portugueses por exemplo para terem mais filhos?
se não para aumentar a população de forma a poderem xular o povo.
a lógica é simples,o objectivo é o mercado de trabalho entrar no limite dos salários baixos, quanto mais oferta de trabalhadores mais baixam os salários, quanto mais gente à procura maiores são as hipóteses de alguém aceitar trabalhar por meia dúzia de tostões, provavelmente se for estrangeiro. só assim os grandes magnatas europeus podem competir com os emergentes chineses e mesmo com os americanos...á custa do povinho escravo como sempre.
Esta lógica é mais que obvia mas há por aí muita gentinha a favor do sim que ou é politico xupista ou tem uma pala nos olhos.
para que abririam eles as fronteiras (ás escondidas claro)?
para que seriam os estados tão permissivos à entrada de estrangeiros?
para que se fariam tantas legalizações e nacionalizações gratuitamente?
para que se pediria aos portugueses por exemplo para terem mais filhos?
se não para aumentar a população de forma a poderem xular o povo.
a lógica é simples,o objectivo é o mercado de trabalho entrar no limite dos salários baixos, quanto mais oferta de trabalhadores mais baixam os salários, quanto mais gente à procura maiores são as hipóteses de alguém aceitar trabalhar por meia dúzia de tostões, provavelmente se for estrangeiro. só assim os grandes magnatas europeus podem competir com os emergentes chineses e mesmo com os americanos...á custa do povinho escravo como sempre.
Esta lógica é mais que obvia mas há por aí muita gentinha a favor do sim que ou é politico xupista ou tem uma pala nos olhos.
Subscribe to:
Posts (Atom)